Escola Betel, pioneira na educação infantil e ensino fundamental do município de Humaitá
Estimulada pela deficiência da educação básica que lidava com a falta de energia, de água e material para desenvolvimento de atividades com os alunos, motivada pelo anseio em ser professora e assim proporcionar, por intermédio da escola, um ensino de qualidade embasado nos princípios cristãos e associados a um propósito tendo como objetivo a construção por meio da educação de uma sociedade justa, equitativa onde todos possam participar com seus direitos e deveres, em 1994 era criada a primeira escola privada do município de Humaitá.
Fundada pela educadora Veronice de Almeida Placido a escola inicialmente intitulada como Pequeno Príncipe, ofertava a educação infantil e o ensino fundamental, chamado na época de pré-escola e 1° ano do primário. Nascida em Cruzeiro do Oeste, um dos municípios do Estado do Paraná, filha de Wilson Antunes de Almeida e Maria José Alves de Almeida, casada com Hélio Placido e mãe de Evelyn de Almeida Placido, Verocine de Almeida, após concluir formação no Instituto Bíblico Maranata no Paraná, partiram em direção ao município de Humaitá, localizado no baixo Amazonas a 697,6 km de Manaus com o intuito de fazer missões.
Entretanto, ao se deparar com a qualidade do ensino, Veronice começou a aspirar a vontade de ser professora. “Em 1989 iniciei o curso de Magistério em Humaitá, pois o meu ensino médio não era profissionalizante, e eu queria ser professora e proporcionar, por intermédio da escola, um ensino de qualidade”, disse. Almeida ingressou como voluntária em algumas escolas públicas, no intuito de aprender a ministrar aulas e adquirir experiência no exercício do magistério, concluindo o ensino superior em Letras — Língua Portuguesa em 2009 pela Universidade do Estado do Amazonas polo Humaitá.
Como professora, ministrou suas primeiras aulas na Escola Municipal Canaã, dirigida por Célia e Jaime, com a professora Lucieide Ribeiro, que mais tarde seria sua co-fundadora na Escola Pequeno Príncipe. Na escola, além de professora, com o corpo docente, desenvolviam atividades como, serviços gerais e outras funções que fossem necessárias para que as crianças conseguissem estudar.
Diante das deficiências no ensino das escolas públicas do município de Humaitá e situações constrangedoras quanto ao recebimento de salários, Veronice em conversa com Lucieide refletiram a situação da educação na cidade e como juntas poderiam contribuir positivamente para a transformação.
Quando em 1994, manifestou-se a ideia de fundar a primeira escola privada, a Escola Pequeno Príncipe, localizada na área urbana de Humaitá, instalada inicialmente no prédio da Igreja Cristã Evangélica da cidade onde, atualmente, se encontra o prédio administrativo do Centro Educacional Betel. “Tanto eu quanto a professora Lucieide idealizamos esse projeto de fundarmos a Escola, pois desde que me formei no magistério em Humaitá tive uma vontade muito grande de contribuir com a educação do município”.
A empresária conta que começou a visitar as famílias da cidade e divulgar o método de ensino da escola. “Quando tive a convicção que era para abrir a escola iniciei com um método de ensino chamado Beka Book e fui visitar as casas das famílias que tinham filhos na faixa etária do 1.º ano do primário para apresentar a escola e a categoria de ensino. As famílias confiaram no objetivo da escola e começaram a matricular suas crianças. Visitei catorze famílias e consegui nove alunos para iniciar”. Na época, a escola contava com duas salas de aula, uma para pré-escola e outra para o primário. À medida que as séries avançavam, mais uma turma era incluída.
No segundo ano de funcionamento, ocorreu uma separação administrativa, passando a professora Lucieide Ribeiro a gerenciar sua própria escola de Educação Infantil, hoje chamada Escola Arco Íris. Em 1996, foi criado o Centro Educacional Evangélico Betel — CEEBETEL com a professora Veronice Placido dirigindo a educação primária.
Durante os anos a educadora relata os momentos cruciais que vivenciou. “Considero que o ano de 2005 e 2006 foram os mais críticos, pois a demanda de alunos era insuficiente para manter as nossas despesas em dias e honrar os compromissos. Além disso, faltava colaboração dos pais no ensino-aprendizagem dos filhos e, também, de alguns colaboradores da época para caminhar como instituição. Pensei em desistir, mas crendo em Deus acima de tudo, perseveramos”.
Verocine atribui o sucesso da escola em primeiro lugar a Deus e a seus familiares. “Com todos os obstáculos, sou grata, em primeiro lugar, a Deus, pois sem Ele não teria como esse empreendimento ter prevalecido e estar na magnitude que hoje se encontra. A Escola é um projeto de Deus que Ele implantou em meu coração para executá-lo. A minha família, meu esposo e minha filha, pelo apoio e suporte em todos os momentos desta jornada, aos pais que acreditaram na credibilidade da escola e as pessoas que contribuíram direta e indiretamente para esse legado educacional”.
CEEBETEL
O CEEBETEL possui o Ensino Fundamental onde, em 2001, obteve reconhecimento vitalício por meio da Resolução nº 113 — CEE/AM e em 2019 o Ensino Médio recebeu o novo reconhecimento pela Resolução n° 096. O CEEBETEL tem contribuído nesses 27 anos com a educação básica e cristã de mais de 5 mil alunos que vieram a se tornar médicos, empresários, professores, advogados, e administradores, dentre outras profissões.
Além do ensino fundamental e médio a escola, percebendo a necessidade, firmou parceria, com polo universitário e passou a ofertar para a população humaitaense graduação em Ensino à Distância (EaD), estabelecendo um polo em Humaitá, onde os alunos da graduação contam com material didático impresso, ambiente acadêmico e com ferramentas que potencializam a aprendizagem e suporte disponível 24 horas.
Atualmente, o CEEBETEL é a única escola privada que oferece todos os anos do ensino fundamental e, também, o ensino médio, contribuindo com a educação de qualidade pautada pela confessionalidade cristã.