Entidades de classe do comércio se reúnem com cúpula do Governo do Estado para discutirem medidas de combate ao Coronavírus
Representantes da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Amazonas (FCDL-AM) e da Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL Manaus), estiveram reunidos no fim da tarde de ontem (18), com a cúpula do Governo do Estado do Amazonas, para tomarem medidas de prevenção ao novo coronavírus (Covid-19), no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), onde estão acontecendo as reuniões diárias do Comitê Intersetorial de Enfrentamento e Combate ao Covid-19.
Wilson Lima ouviu a posição e os questionamentos da classe empresarial lojista da capital, e na ocasião, ficou definido que as lojas e centros comerciais de Manaus continuem abertos, mas que haja redução da jornada de trabalho, com aumento no serviço de deliverys para que a sociedade não saia à rua.
A orientação é para que a redução ocorra já nos próximos dias. A medida segue a determinação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que pede a não aglomeração de pessoas em decorrência da pandemia.
O Governo do Estado, as entidades e demais instituições ligadas à economia também recomendam que todos os pátios e pisos das lojas e centros comerciais sejam limpos com frequência, além de corrimãos, maçanetas e banheiros com álcool 70% e solução de água sanitária.
Vale ressaltar que o atendimento presencial deve ser feito a uma distância de, pelo menos, um metro entre as pessoas e os atendimentos ao público externo, assim como visitas fora do ambiente de trabalho, sejam substituídas por meios digitais.
O presidente da CDL Manaus Ralph Assayag, disse que a medida é necessária e a previsão é de queda nas vendas do comércio, em média, de 30%, no mês de março. “A queda nas vendas vai ser violenta, em torno de 25% a 35%. Se continuarmos nessa situação, vamos ter de quatro a cinco mil pessoas demitidas. Esperamos que não cresça o número de pessoas infectadas. Nossa solicitação ao governador foi para que o comércio ainda continue com suas atividades mesmo de forma reduzida, visto que os shoppings já reduziram os seus horários”, pontuou Assayag.
A CDL Manaus também solicitou ao governo, isenção ou parcelamento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “Solicitamos que o ICMS possa ser retirado ou que possa ser financiado nesses três meses pela Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam). Um fechamento absoluto do comércio resultaria em 80% das vendas e seriam 40 mil pessoas demitidas. Temos que dar remédio na dose e hora certa”, avaliou.
A FCDL-AM, CDL Manaus e CDL Jovem entende que o momento é de precaução e cautela e que as medidas de preservação da saúde da população devem vir em primeiro lugar. Por isso, recomenda que as orientações passadas por órgãos de saúde e pelo governo estadual sejam acatadas. A entidade acredita também que esta é uma fase, e que, para as atividades voltarem ao normal o mais breve possível, é preciso a contribuição de todos.
Assessoria de Comunicação e Marketing - CDL Manaus
Repórter: Gabriel Leite
Foto: Diego Peres / Secom
