Not?cias

06.02.2019

Salário mínimo injeta R$ 27,1 bilhões na economia

Compartilhe: WhatsApp

 

O aumento do salário mínimo R$ 44 que passou a valer R$ 998, em 1º de janeiro, deve injetar em R$ 27,1 bilhões a economia do País, segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O aumento de 4,61% sobre os R$ 954 que vigoraram em 2018 equivale à estimativa da inflação do ano passado, 3,48%, acrescida da variação do Produto Interno Bruto (PIB) de 2017, 1,1%.

Segundo o levantamento do Dieese, 48 milhões de pessoas têm o salário-mínimo como referência da renda. A arrecadação tributária também vai receber incremento de R$ 14,6 bilhões sobre o consumo.

No setor público, o número de servidores que ganha até um salário-mínimo é pouco expressivo nas administrações federal e estaduais. Já nas administrações municipais, a participação desses servidores é maior, especialmente na Região Nordeste. Quando se observa o impacto do aumento de 4,61% sobre o salário-mínimo na massa de remuneração dos trabalhadores do setor público, verifica-se a mesma tendência: maior impacto nas administrações municipais no Nordeste e Norte.

Considerando a série histórica do salário-mínimo e atualizando os valores médios anuais para reais de 1º de janeiro de 2019 (deflacionados por projeção do ICV- estrato inferior), “observa-se que o valor de R$ 998 estabelecido em 1º de janeiro de 2019, embora seja o maior da série, mantém-se em patamar próximo ao registrado nos últimos dois anos”, aponta o levantamento.

O valor é inferior aos R$ 1.006 aprovados pelo Congresso Nacional para o Orçamento deste ano. Isso ocorreu porque a previsão para a inflação de 2018 diminuiu desde a aprovação dos R$ 1.006. A estimativa de inflação entra na conta do reajuste do mínimo.

O impacto do aumento para as contas da Previdência Social será de R$ 13,3 bilhões ao ano, segundo o Dieese. Porém, o custo "seria totalmente compensado pelo aumento da arrecadação tributária". 

Valorização

A política de valorização do salário-mínimo foi conquistada como resultado da ação conjunta das Centrais Sindicais, por meio das ‘Marchas a Brasília’. As marchas foram realizadas anualmente no fim de cada um dos anos, entre 2004 e 2009. As duas primeiras marchas, em 2004 e 2005, conquistaram reajustes expressivos para o salário-mínimo nos anos seguintes. Com a terceira Marcha, no final de 2006, e por meio de negociação com o então ministro do Trabalho, foram conquistados o aumento do valor do salário-mínimo de 2007 e a adoção de uma política de valorização desse instrumento, a vigorar a partir de 2008.

“Depois do reajuste e aumento de janeiro de 2019, do ponto de vista legal, não existe mais política voltada para o salário-mínimo. Isso impõe a necessidade de avaliação dos efeitos dessa política e a defesa de sua continuidade”, destaca a análise do Dieese.

Salário daria para comprar 2,2 cestas básicas

Com o novo salário mínimo de R$ 998, seria possível comprar 2,22 cestas básicas. O valor da cesta básica foi estimado em R$ 450 em janeiro. "A quantidade de 2,22 cestas básicas ainda é o maior valor verificado desde o ano de 1995, porém muito semelhante ao valor registrado nos últimos três anos", apontou o departamento.

 

Agência CDL 

 

 

Newsletter

Programa de conscientização com o objetivo de evitar o desperdício de recursos naturais
Programa de conscientização com o objetivo de evitar o desperdício de recursos naturais
Prêmio IEL de Estágio Categoria Empresa Inovadora
Prêmio IEL de Estágio Categoria Empresa Inovadora
Prêmio PQA 2019 Categoria Gestão 250 pontos
Prêmio PQA 2019 Categoria Gestão 250 pontos
Empresa certificada com a  ISO 9001:2015
Empresa certificada com a ISO 9001:2015