Flávio Rocha, pré-candidato à Presidência pelo PRB, almoça com empresários na CDL Manaus e apresenta propostas de incentivo ao comércio
Manaus é a 16ª capital visitada pelo pré-candidato que já circulou no nordeste e terá agenda no Sul do País nos próximos meses
O pré-candidato à presidência da república pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB) e ex-CEO do Grupo Guararapes, Flávio Rocha, em agenda política a capital do Amazonas, visitou a sede da Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL Manaus), onde em uma coletiva, concedeu entrevista aos veículos de comunicação locais, em seguida almoçou com cerca de 80 empresários associados à entidade.
Flávio Rocha classificou seu nome para a disputa ao Planalto como “o desconhecido” que tem a seu favor o gigantesco vazio político brasileiro, imerso em uma onda de criminalidade e de atos de corrupção.
O republicano não deu a fórmula para que a Zona Franca de Manaus volte a ser atrativa para os investidores, mas afirmou que se os “xiitas” que travam a economia forem banidos, não apenas o Amazonas, mas todo o país viverá tempos de riquezas e prosperidade.
Em discurso aos empresários, Flávio Rocha pregou a liberdade econômica para a ampliação do varejo e a geração de emprego. “Sou o 15º maior empregador do país e não admito que a indústria represente apenas 11% do Produto Interno Bruto (PIB) quando o esperado é, no mínimo, 20%”, disse.
O ex-CEO das Lojas Riachuelo afirmou também que é preciso fazer o Brasil voltar a receber investimentos. “Temos que nos tornar receptivos e devolver o país ao jogo do investimento e colocar o dinheiro de volta no bolso do brasileiro”, destacou.
Apesar de, segundo o próprio candidato, ser desconhecido da maioria do eleitorado, Flávio Rocha considera que entre os nomes de Centro é com maior chance de crescimento nos próximos dois meses que antecedem o registro de candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A pré-candidatura de Flávio, entre as 20 que se apresentam como opção à Presidência da República em 2018, é vista como uma das que surgiram com a intenção de disputar uma indicação de vice num palanque de Centro ou Centro-Direito pelo perfil do nome dele: empresário e nordestino que diz ter solução para o desemprego do País e defensor do liberalismo econômico.
Sobre a campanha
Questionado sobre como seria sua campanha política, o pré-candidato disse focar em temas absolutamente relevantes, motivadores para o eleitor que estavam no limbo, que possam dar esperança a população em um País mais justo. “Eu me defino como um candidato absolutamente convicto de que liberdade econômica e prosperidade são irmãs siamesas. Sou liberal na economia. Precisamos destravar o ambiente de negócios da economia. Ter um clima menos hostil a quem empreende, gera riqueza e empregos. A minha tônica é emprego. O varejo poderia dar o dobro de empregos do que dá: 7 milhões. Nos EUA, são 42 milhões, seis vezes a mais com 50% a mais de população. Por que? Porque tem a regra adequada e o ambiente adequado. É isso que vamos colocar em discussão”, afirmou.
“Temos que transformar o Brasil num País receptivo a investimentos (…) Isso se faz rápido com quatro reformas fundamentais, nós realmente vamos gerar milhões e milhões de empregos”, completou Rocha.
A indústria também está no foco da campanha do republicano, segundo ele, o País está se tornando uma economia de serviço e varejo, no entanto, não se pode abrir mão da indústria. “Estamos matando a nossa indústria. A Zona Franca de Manaus também está sofrendo por causa da crise na indústria nacional. Não faz sentido a indústria no Brasil representar 11% do PIB (Produto Interno Bruto), o setor tinha que representar 20% do PIB. Não faz sentido a queda vertiginosa no volume de investimento no Brasil. Então, é com essa preocupação de devolver o Brasil ao jogo competitivo e isso se faz rápido com quatro reformas fundamentais, nós realmente vamos gerar milhões e milhões de empregos e colocar dinheiro no bolso do trabalhador”, explicou.
Deputado por dois mandatos, Flávio já se candidatou à presidência em 1994, mas abandonou o pleito. Com propostas de um governo menos paternalista e à favor da reforma trabalhista, Flávio afirmou que a nova lei, que completou um ano no início de maio, foi, nas palavras dele, uma conquista do trabalhador.
“Foi uma grande conquista do trabalhador, e isso está se manifestando (...) na queda vertiginosa do litígio trabalhista. Isso era uma vergonha nacional, produzíamos quatro vezes mais ações trabalhistas do que todo o resto do mundo, sinalização que afugenta os investimentos que é o grande responsável pelos 14 milhões de desempregados”, concluiu Rocha.
Agência CDL