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12.12.2018

Festas de fim de ano e injeção do 13º salário movimentam comércio gerando mais de 3 mil vagas temporárias e com crescimento de cerca de 5% até o fim d

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A pesquisa realizada pela CDL Manaus aponta que, nas compras, vestuário segue no topo da preferência dos consumidores, seguido de calçados

A economia do Estado receberá uma injeção de R$ 1,6 bilhões. O valor representa cerca de 5% de crescimento nas vendas comparado ao ano passado, quando aumentou em média 4%. Além disso, a projeção da Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL Manaus) é que pelo menos, 3 mil pessoas sejam contratadas temporariamente até o fim de dezembro.

O estudo estima que até o último dia do mês, sejam inaugurados 15 novos estabelecimentos comerciais na capital. Assim, 2019 começará com o pé direito quanto ao otimismo dos empresários para o crescimento logo no primeiro trimestre do ano.

O pagamento das dívidas com o décimo terceiro salário será prioridade para os manauaras este ano. Ainda com incertezas quanto a economia, a maioria dos consumidores (o equivalente a 22,42%) pretendem pagar as dívidas já contraídas, no entanto, há quem vai priorizar a compra de vestuário (17,50%) para as festas de fim de ano, é o que aponta pesquisa da CDL Manaus.

De acordo com os dados, a quantidade de pessoas que vão pagar dívidas aumentou 1,79% frente a 2017. Em contra partida, 17,50% dos trabalhadores devem utilizar parte do benefício para a compra de vestuário; 10,95% pretendem comprar calçados;10,99% devem poupar para fazer frente às despesas do início do ano e 9,24% pretendem comprar alimentos e itens para a ceia.

Os dados estatísticos mostram que no ano passado, período em que a recessão econômica já davam os primeiros passos, 20,63% dos entrevistados disseram que utilizariam o recurso do 13º para pagar dívidas, 19,38% para comprar itens de vestuário, 11,10% para comprar calçados, 11,13% optaram por poupar e 9,18% responderam que utilizaram o recurso em alimentação.

Segundo a pesquisa da CDL Manaus, 55,8% dos entrevistados disseram que contraíram dívidas parceladas este ano, enquanto que, 44,2% dos entrevistados estão sem dívidas.

Quanto aos entrevistados que se endividaram nos últimos 6 meses: 33,1% devem menos de 3 parcelas de sua dívida; 30,6% devem pelo menos entre 4 e 5 parcelas; 13,6% devem, pelo menos, entre 6 a 10 parcelas de sua dívida; 10,7% informaram que não possuem nenhuma dívida; 7,6% devem, pelo menos, entre 11 a 15 parcelas; e 4,5% devem mais de 15 parcelas.

Com relação à forma de pagamento em contraponto ao local que se pretende comprar; os entrevistados informaram que desejam pagar em dinheiro 46,8%; cartão de débito (45,10%) e crédito (59,41%) e realizar as compras no comércio do Centro. Além desses, 23,2% devem efetuar o pagamento em dinheiro; 15,10% no cartão de débito e 2,82% no crédito e realizar as compras no comércio de bairro. Nos shoppings, dinheiro (13,6%); débito (30,20%) e crédito (27,69%).  

Consumidor

A pesquisa apresenta, também, a preferência entre homens e mulheres de como pretendem gastar o 13º salário. Tanto homens (25,2%) quanto mulheres (23,5%) pretendem comprar itens de vestuário; 16,9% das mulheres devem pagar dívidas contra 16,9% dos homens. Quando o assunto é poupar, os homens ficaram com 11,6% enquanto que as mulheres atingiram 10,9%.  A CDL Manaus ouviu 600 pessoas entre os dias 1º a 4 de outubro.

Consumidor vai quitar dívidas

A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Amazonas (FCDL-AM) calcula que pelo menos 35% dos recursos que vão entrar em circulação, por meio dos pagamentos referentes ao 13º salário, ou R$ 88,5 milhões, serão revertidos para a quitação de dívidas dos servidores públicos com o comércio de Manaus.

A FCDL-AM e a CDL Manaus já deram a sua contribuição para a queda da inadimplência ao finalizar, no mês passado, a campanha “Limpe seu Crédito e Faça seu Nome Brilhar”. “Ao longo do mês de outubro foi observado que muitas pessoas fizeram negociações e adiantaram uma primeira parcela pequena e estão contando com essa segunda parcela do décimo para quitar o restante do débito”, estima o presidente Ezra Azury.

A economista Denise Kassama chama essa atitude dos clientes de limpar o nome como “prudente”. “Então acho que essa prudência vai continuar ainda pelo menos até meados de 2019, quando começaremos a sentir algum reflexo da política econômica do novo governo, sentir a tendência”, declara.

A economista alerta para o fato de que o País precisa voltar a crescer e sair deste marasmo econômico. “Então, votando ou não no Bolsonaro, temos que trabalhar pela retomada do desenvolvimento. Penso que a retomada será suave”, diz Kassama.

Lojistas contam com os recursos

“A programação dos pagamentos é casada com as atividades do comércio, assim as ações são realizadas em parceria com o poder público. O comércio se adapta a essa entrada de recursos. Por exemplo, quem começa a receber a segunda parcela do décimo, os aposentados, coincidiu com a campanha da Black Friday. Ou seja: os lojistas contam com esses recursos. Os servidores que vão receber no dia 7 de dezembro, véspera do feriado de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do Amazonas, também já foi combinado com os órgãos públicos (Estado e Prefeitura de Manaus) para coincidir com o feriado para também impulsionar o comércio. E os pagamentos que serão efetuados até o dia 20 de dezembro (por lei é a data limite para a quitação da segunda parcela do décimo terceiro) vão coincidir com a semana que antecede o Natal”, finaliza o presidente da FCDL, Ezra Azury.

Ações para aumento da vendas

Entre as ações que movimentaram o comércio neste fim de ano, a campanha da Black Friday, ocorrida no dia 23 de novembro, reuniu milhares de clientes em diferentes pontos da capital do Amazonas, causando congestionamento e até falta de vagas de estacionamento em shoppings e no Centro.

De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL Manaus) Ralph Assayag, disse que a entidade orientou bastante os empresários para que zelem pelo nome do evento para evitar problemas com os órgãos de fiscalização ou com o cliente, inventando preços que não existem.

“Falamos para que colocassem os preços reais. Se não tiver, que não tente inventar. É uma data maravilhosa que vem crescendo violentamente”, disse. Assayag comentou, ainda, que as promoções não cobrem uma loja inteira, são apenas alguns produtos que são separados para ter um alto desconto, a fim de realizar uma queima de estoque. Este é o quinto ano que CDL Manaus participou da Black Friday orientando os empresários. “Em um dia único, a Black Friday vendeu mais que o Dia das Mães, e se continuar crescendo vai se igualar ao Natal”, completou.

Os consumidores saíram de casa em busca dos menores preços. Em um dos estabelecimentos que participou da movimentação comercial localizado em um dos shopping mais movimentados da Zona Centro-Sul da capital, a gerente teve que trancar as portas, para conter o fluxo de clientes, que começava se aglomerar em uma fila, em frente à loja.

No local, pelo menos cinquenta pessoas aguardavam a vez assim que as portas abrissem logo após a saída de clientes, que já estavam lá dentro, em um verdadeiro rodízio de entrada e saída com o objetivo de conferir de perto os preços que variavam entre 20% e 80%. “Especialmente durante o fim de semana da Black Friday, as lojas funcionaram a partir das 9h até às 23h, e apesar de já termos nos preparando para receber grande fluxo de clientes, por conta dos descontos, que chegam até 80%, foi uma surpresa ter que trancar a porta para conseguir controlar o número de pessoas, que chegaram durante o dia todo. Aqui a Black Friday é de verdade, produtos que normalmente custavam R$90 naquele final de semana, saíram por R$20”, explicou Geane Souza, gerente de uma sapataria.

Vale ressaltar que entre os estabelecimentos onde a movimentação de clientes foi mais intensa, as sapatarias foi o crescimento mais procurado e lotado.

E-commerce

Nas compras online, a Ebit/Nielsen, referência em dados sobre e-commerce brasileiro, apontou que a vendas na Black Friday foram de 2,6 bilhões. O número de pedidos cresceu 13%, para 4,27 milhões, enquanto o ticket médio expandiu 8% para R$ 608. O número de consumidores únicos (que fez ao menos uma compra online) cresceu 9% em relação ao ano anterior, para 2,41 milhões.

O número superou a expectativa da Ebit/Nielson, que previa alta de 15% no faturamento para R$ 2,43 bilhões, 3,76 milhões de pedidos (alta de 6,4%). O valor do ticket médio ficou em linha com o que estava previsto. Os dados incluem as vendas realizadas na quinta-feira (22) véspera do evento.

Entre as categorias que se destacaram nas vendas, estão perfumaria e cosmético, que ano passado ainda era muito dependente da venda de perfumes, e outros grupos de produtos como cuidados com o cabelo, cuidados com o corpo, desodorantes e dermocosméticos que vêm ganhando também importância no e-commerce. 

No entanto, a campanha foi dominada pela venda dos produtos mais elevados, como smartphones, itens de linha branca e TVs.

País

No País, as vendas do comércio na Black Friday cresceram 4,7% neste ano, em relação a 2017, superando a projeção de alta de 4,5%, de acordo com um levantamento nacional realizado durante a campanha.

O levantamento considera as consultas do período de 20 (terça-feira) a 24 (sábado) de novembro, comparadas às consultas realizadas entre 19 a 23 de novembro do ano anterior. Somente na sexta-feira, 23, a estimativa é que as vendas tenham crescido 5,9% em relação a 2017.

Por parte dos consumidores, as taxas de juros menores e a melhora da confiança vêm elevando, ainda que timidamente, a demanda por crédito. Vale destacar que, entre os itens mais vendidos na data, estão os eletrônicos e eletrodomésticos, itens de valor mais elevado cujas vendas dependem das condições do crédito.

Além disto, ano após ano os consumidores têm aproveitado as promoções da Black Friday para já anteciparem as compras de Natal, o que também vem favorecendo o movimento do comércio na data.

 

Assessoria de Comunicação e Marketing - CDL Manaus 

Repórter: Gabriel Leite 

 

 

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