Aumento de energia no Amazonas deve causar desemprego no comércio
Desde o dia 1º de novembro, as contas de energia elétrica estão mais alta para os consumidores da Amazonas Distribuidora de Energia. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) divulgou, no dia 31 de outubro, o reajuste anual 18,31% para a tarifa de energia elétrica no Estado, durante a 41ª Reunião Pública Ordinária da Diretoria 2017.
Segundo a concessionária, o reajuste "conduz ao efeito médio a ser percebido pelos consumidores de 17,13%, sendo de 25,17% para os consumidores conectados em Alta Tensão (AT) e de 12,68% para os conectados em Baixa Tensão (BT)".
Para o presidente da Câmara de dirigentes lojistas de Manaus, Ralph Assayag, é lamentável ouvir novamente esse anúncio e é uma incoerência um aumento nesta proporção no momento em que vivemos. “As empresas não têm condições de absorver esse acréscimo e vão precisar cortar despesas e isso reflete na mão de obra. Infelizmente, quem será afetado de imediato será o trabalhador”, disse.
Com a diminuição do poder aquisitivo das famílias, Assayag ressalta o risco de um “efeito dominó” e a retirada de grandes empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM). “As indústrias já vivem no seu limite e será apenas mais um passo para algumas empresas instaladas no PIM saírem da Zona Franca de Manaus. Por exemplo, uma empresa do porte e do segmento como a Moto Honda que utiliza muita energia elétrica no processo produtivo irá pensar duas vezes se ainda continua com suas atividades em Manaus e até mesmo no Brasil”, frisou.
A Amazonas Energia informou que os reajustes tarifários têm permitido a distribuidora manter os investimentos no sistema elétrico, na construção de subestações, linhas de transmissão, intensificado de ações de combate às perdas, bem como a extensão e reforma de centenas de quilômetros de redes de distribuição e a automação do sistema, visando à expansão da oferta e à melhoria dos padrões de qualidade do serviço.
De acordo com a Amazonas Energia, o aumento integra o calendário anual da Agência. No ano passado, o reajuste para consumidores residenciais foi de 21,57% e 17,78% para Alta tensão. O efeito médio foi de 20,01%.
Reajustes
Consumidores Residenciais |
12,67% |
Efeito Grupo B – Baixa tensão |
12,68% |
Efeito Grupo A – Alta tensão |
25,17% |
Efeito tarifário médio AT+BT |
17,13% |
Fonte: Amazonas Distribuidora de Energia S.A.
Agência CDL