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06.10.2016

‘Teste do picolé’ avalia comportamento de estudantes em Manaus

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Freezer cheio de picolé foi colocado em universidades da capital. Sem vendedor, o comprador deveria deixar o pagamento em uma urna

 

A Câmara de Dirigentes Lojistas Jovem de Manaus (CDL Jovem Manaus) realizou o projeto ‘Quanto vale um picolé?’, durante 45 dias, nas universidades da capital amazonense. A ação foi realizada na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), nas Escolas Superiores de Tecnologia e Ciências Sociais (EST e ESO), além da Faculdade Martha Falcão Devry.

 

Nos corredores das universidades, três freezers lotados de picolés, custando R$ 2 cada, foram colocados intercaladamente durante 15 dias em cada unidade. Não havendo vendedor, os consumidores deveriam depositar o valor estipulado em uma urna ao lado. O gesto esperado numa cena corriqueira virou teste de honestidade.

 

O projeto teve como objetivo fazer um teste social, que consistiu em deixar o freezer com picolés e instruções aos consumidores por meio de uma placa, informando o valor dos gelados. Após o término do estoque, foi feito um balanço para mensurar o comportamento dos consumidores.

 

De acordo com o coordenador da CDL Jovem Manaus, Erick Bandeira, a ideia foi criar uma alerta para o momento político econômico vivenciado no País, baseado na cultura chinesa e, na ação, que ocorreu no Paraná. “Foram colocados três freezers, na UEA e na Martha Falcão Devry. Cada freezer comportava 440 picolés. Ao todo foram comercializados quase 6 mil gelados”, afirmou Bandeira. Ainda de acordo com ele, as geladeiras foram abastecidas cerca de 5 vezes cada.

 

Para identificar aos estudantes sobre o valor do produto, ao lado dos freezers havia um banner que dizia ‘Picolé a R$ 2,00, deposite o dinheiro na urna’.

 

Ainda de acordo com o coordenador, as universidades foram escolhidas por serem ambientes resguardados com fluxos controlados de pessoas. “A ideia foi avaliar o comportamento do estudante manauara”, afirmou.

 

Segundo levantamento feito pelos jovens, a taxa de esquecimento quanto ao pagamento do produto, foi em média 13,29%. “Nós avaliamos que é uma taxa relativamente alta para um negócio, um desvio não lucrativo. Como se trata de um teste, para a campanha foi um dado bastante satisfatório, o que nos deixou muito felizes”, ponderou Bandeira.

 

Mesmo com a taxa de não pagamento acima de 13%, comparado a um empreendimento, o estabelecimento, ainda assim, teria uma boa margem de lucro. O ganho da ação será doado pela CDL Jovem a entidades filantrópicas de Manaus.

 

Origem da ação

 

O ‘Teste do Picolé’ teve início na Universidade Tecnológica Federal de Cornélio Procópio, localizada no Norte do Estado do Paraná, pelo professor de Engenharia André Luís Shiguemoto, inspirada no período em que ele viveu na Noruega. Foi um choque de culturas.

 

“Lá, eles deixavam os produtos na rua, as roupas, as frutas. A pessoa pegava a fruta na banca e entrava no comércio para pagar. Se quisesse pegar a fruta e ir embora, podia”, afirma o professor. De volta ao Brasil, Shiguemoto foi atrás de patrocínio e montou o projeto.

 

O lucro com a venda dos picolés foi doado para entidades assistenciais de Cornélio Procópio, no Paraná.

 

Veja o vídeo: http://bit.ly/2dvQju9

 

Agência CDL 

 

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